terça-feira, 25 de maio de 2010

elepaht gun

em toda mulher há uma Capitu: um ser nefasto, um tom vermelho
em cada mulher há uma Helena: dócil, imbróglia, confusa e serena
a mulher Freyja deve ser fazer presente à procura e no comando de seu Thor
mas sempre admirei a Senhora de Alencar

sábado, 19 de dezembro de 2009

Há algo de insano nessa relação que se inicia. Antes daquela noite, tu me eras intocável. Hoje, faz parte de meus planos concretos. Entre tudo que nos separa e vem, nos dias, nos mostrar que não podemos ser, insistimos em boas horas, bons cheiros.

Que 2010 nos traga firmamento.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu assim. Só eu e ANV

Eu tentei ser como a Grace Kelly,mas ela me pareceu muito triste
Júlia pode ser encontrada desviando dos paralelepípedos soltos das calçadas da Terra do Nunca,conhecida também como Campina Grande,ou em algum boteco fim de noite na Rua da Baixa - Patos.
Viciada em cafeína desde a mais tenra idade ,depende da substância para responder perguntas como:Qual seu nome?ou Que horas são?logo pela manhã.
Gosta mais de verão do que de inverno,Gauraná que Coca,essas coisas de gente ocupada.
Já declarou amor eterno em quase todos os idiomas
Apaixonada por Ariano Suassuna,Paraíba e Los Hermanos.
Ouve 365 vezes a mesma música.
Suporta choro de criança ,mas não barulho de gente mascando chiclete.
Não suporta lugares comuns e nem gente "cult". Suporta menos ainda ônibus lotado com pessoas que param na porta mesmo que ainda esteja bem longe do ponto de desembarque.
Não sabe cozinhar.
Sabia declamar de Augusto do Anjos e Patativa do Assaré. E sabe que toda cachorra declara sua sentença e se encontra com o mal irremediável : aquele que condena tudo que é ser vivo ao mesmo destino debaixo de sete palmos de terra..por que tudo que é vivo morre!
Sabe tocar o início de Come as You Are no violão.
Não sabe controlar o ciúmes,ou lidar com cola e lã,nem pedir desculpas quando faz bobagem.Se aprender isso, o próximo passo será aprender a esgrimir,como seu grande herói de infância Sherlok Holmes.
Queria fazer uma versão de Month Phynton para o teatro, bater um papo com Krebs e Oscar Wilde .Assistir a um show do Chico Buarque antes que ele bata as botas.
Apertar as bochechas de Niel Gaiman , ter um gatinho preto pra chamar de Nevermore e um branco com olhos de cores diferentes pra chamar de Bowie.
Aprendeu(e agradece)que as coisas vão sempre muito além.
Tem quem entenda,gostar é outro caso.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

À Katherine - amor incondicional

Ei, menina! Não some, não! Que o povo sente falta de suas pegadas por aqui. E por mais que ele siga seu rastro você se esvai tal qual a sua mesma pegada deixada nesses barros daqui.

Ei, moça! Volta logo! Que há novidades a serem divididas e colecionadas naquela caixa.... com aquela Josefa.

Ei, mulher! Fica... fica pra sempre, nem que seja por aqui. Por aqui dentro, que o tempo passou tão rápido que eu ainda me lembro da menina-moça-mulher que para me alegar basta se fazer facear.

Saudações, terráquea!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

quando perdemos a beleza de nos acompanhar, deixamos escapar a dádiva sensação de nos possuir, de sermos só nós.

e diante de tanto egoísmo que nos tranca, percebi que minha rejeição a casamentos é simplesme fobia de ambientes fechados.

não adianta abrir a janela, nem nos sonhos nos pertencemos mais.

CAETANIZAREI TUDO AO REDOR PARA COMPLICAR O ÓBVIO E SENTIR O TIMBRE DE SEU CALOR, meu caro.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eu e O²

Tudo é absolutamente sequencial e lógico.
Excessos conduzem a excessos desmesurados. E foi assim que mais uma vez travei batalha com minha garganta, meu sono, minhas vísceras. Dias sensacionalmente desregrados tentando canalizar todo esse estresse que habitualmente tem me consumido nos fins de ano, eu exagerei. E colhi febre, risadas, insônias, trabalho, viroses...
Tudo valeu a pena e eu tão-só teria dormindo duas horas a mais. Enquanto todo mundo quer uma dose a mais com duas pedras de gelo, quero apenas duas horas absolutamente entregue a inação consciente e necessária.
Pois bem. Dodói, como dizia minha avó, não deixei os horários se atropelarem e descumprirem seu curso. E nessa, as coisas só se intensificaram: dor, garganta, fome, sono... Até que num ataque súbito de tosse resolvi decidir aquela situação e fui ao óbvio. Fui ao médico. Eu tenho plano de saúde, eu pago minhas contas e não costumo pedir favores. Sim, fui ao médico, a uma clínica renomada. Chegando lá, sem ar, esbaforida, quente, voz anasalada, pergunto:

- Boa tarde, moça! (Sim, para mim todas são moças!) Gostaria de saber se esta é a ala particular (Perguntei para me certificar por que tinha tanta mosca que achei que era dia de consulta para elas).
- Sim. Quem é o paciente? (Insensível assim, juro!)
- EU! (Até então eu achei que minha cara estava igual ao do
Sexta-feira na despedida do Robson Crusòe...)
-Sei... Assina aqui, aqui também. Só mais aqui.

Eu estranhei. Estranhei mesmo. Se eu sou apenas, aparentemente uma, e por mais que possa me multiplicar em meus dizeres e não dizeres, por que 03 autógrafos? Precisava tanto de ar que relevei e escondi minha consciência embaixo do cerebelo.
A moça continuou indiferente até que pediu minha identidade. Entreguei minha carteira da OAB e mais uma vez escutei:

- Nossa, não parece!

No auge da minha delicadeza perguntei:
- Não parece o que?

E ela:

- Que você é advogada!

Nessa hora veio uma vontade estratosférica de colocar a atendente em seu lugar. Que espécie de intimidade repentina ela achou que tinha comigo para me chamar de você?
De você eu chamo meus amigos, companheiros de ceva, meu cachorro imaginário, meu analista invisível.
Mas faltava-me ar e eu nada disse. Engoli a seco, valorizando o oxigênio que nos mata.
Singelamente, ainda disse. Não me podia refutar de ser eu mesma, até sem ar:

- Pois é, para ser advogada nem precisa parecer, basta ter um número na OAB. Fácil , né?

Num sorriso monalisense, indicou-me as cadeiras de espera.
E lá fui eu. Sentei. E eu, sendo eu e sem ar, pensei em fazer xixi e daí deu vontade de fazer xixi e eu tenho toque, banheiro de hospital não é boa pedida. Banheiro de hospital particular com cara de que tem um diretor judeu não é, de fato, boa pedida. Aposto que economizam no detergente.
Ai, ui, ui , ai.. Bancando o Chapollin, invoquei a deusa da higiene como mantra pensei !! “ Sigam-me os bons” e lá fui...
CLARO, ESTAVA SUJO E INAPROPRIADO!
A situação era tão ruim que maiores delongas se fazem desnecessárias.
Voltei e me sentei nas cadeiras, perguntando para mosca ao lado se tinha alguém naquele lugar.
Sem , ar. Oxigênio!!
Júlia.. Uma voz longe...
Júliaaaaaaaaaaaaa uma voz longe e imperativa.
JÚLIA uma voz longe, imperativa e aborrecida.
Olhei para a atendente. E com um sinal entendi que era o médico me chamando para a minha consulta particular num hospital particular. Perguntei:

- Moça, é assim que os pacientes são recebidos? Com tamanha delicadeza?
- Sim.

Eu estava sem ar. Com raiva de toda aquela situação. Com pena de mim por estar ali só. Até então estava decidida a entrar.. Até que ele, o Dr. berrou novamente meu nome.
Meu nome, o nome de qualquer pessoa tem um valor, nunca deve ser berrado e sim pronunciado com todo o respeito que lhe é inerente. O nome é o que nos identifica e delimita nosso espaço em qualquer passo que damos. Muito mais que junção de letras, um nome representa uma história.
Não sou adepta a apelidos justamente por causa disso e não vejo razão, sentido para não encarar como desrespeito o gesto de um estranho, que eu estou pagando , berrando meu nome.
A importância do nome vai além: quando queremos retirar a identidade de alguém, ferir-lhes na intimidade os reduzimos a uma referência, a um número, a um parentesco vulgar.
Nas prisões, os indivíduos medievais deixavam de ser assim considerados e passavam a ser denominados tão-só por um número sequencial.
Sim, tudo isso me veio a mente.
Naquele momento percebi que todo o oxigênio economizado tinha se justificado exatamente ali.
Entrei na sala, peguei os três papéis que havia assinado, depois de indagada disse que meu nome era JÚLIA DA NÓBREGA e que eu naquele momento estava dispensando os serviços do DR.
Ele sem entender perguntou o que eu tinha, respondi que nada mais, que havia acabado de devolver minha consciência ao seu devido lugar, que o ar tinha voltado e que nenhuma circunstância é capaz de emburrecer ninguém quando se há auto-respeito.
Disse, oportunamente, que não achava certo o tratamento dispensado pelo Dr.
Posto se fazia comigo, imaginava o que não faria aos menos letrados. Respondi que era advogada e pós-graduada e seguidora dos Direitos Humanos e da humanização da medicina. E que não entendia a indiferença do Dr.
Expliquei que havia notado que a demora para ele me atender foi uma discussão improdutiva de cerca de 35 minutos sobre a saída de Joel Santana do comando da seleção dos BAFANA-BAFANA.
Ele se desculpou. E eu vi que tinha mal empregado o oxigênio.
Havia a volta para casa.
Examinou-me ala pai-de-santo e como o dr. Frittz começou a psicografar uma receita com 03 antibióticos.
Fiquei analisando a situação. Sequer tinha feito o teste do toque em mim e mesmo assim me julgava necessária a tais venenos. Por certo queria se vingar do meu ataque súbito de civilismo.
Recebi a receita, mas não lhe apertei a mão. Ele não merecia; e sem dar tempo de sair da sala olhei com indiferença a receita e segui meu rumo.
Vim para casa. Dormi. Acordei para escrever estas palavras e o ar puro das montanhas é todomeu.
Tem dias que o nosso oxigênio é bem mais que O².
Tem dias que a gente só não respira se não quiser.
Tem dias que dormir é contemplar o belo e a gente aprende que as coisas são seqüenciais e que para a maioria de seus males nós mesmos somos o antídoto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

msn

Já mencionei que adoro a forma como vc escreve?as vezes eu leio por acaso,outras de propósito,aí releio e leio e..enfim.(enfim..junto!rs,ou não..no nosso caso,não.)Eu sinto uma saudade engraçada,que vem as vezes.Ai vc vem e me assusta e some e foge.Eu nunca sei bem pra onde vc vai,porque vai e sei menos ainda porque vc volta.Estou aprendendo a escrever sem virgulas,é pra n respirar,entende?Eu dizia....sim! que sinto saudades,não assim uma saudades vaga.Saudade de vc Júlia nobrega(é nobrega,n é?)Queria te ver,(...) onde eu nem sei bem como e nem onde fica.Nunca sei de verdade como vc está.Queria saber de vc.Queria te ver,.Queria conversarEita...nem uma lâmpada mágica daria jeito,os desejos são mutis..beijos.